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Maçonaria e política: entenda essa relação

19/08/2021 13:20 por Maçonaria do Paraná
Maçonaria e política: entenda essa relação

Temos recebido muitos comentários em nossas publicações que trazem dúvidas sobre a participação da Maçonaria na política. Por isso, preparamos esse conteúdo especial em que procuraremos abordar o tema de forma mais aprofundada, mas, ao mesmo tempo, de forma simplificada. Pedimos especial atenção ao texto. Maçonaria e política: entenda essa relação, nas próximas linhas.

A Maçonaria é essencialmente apartidária. Esse é o principal ponto de esclarecimento desse texto. A nossa Ordem, enquanto Instituição, se mantém desconectada de preferências partidárias e ideológicas, na formatação que estamos acostumados a ver no dia a dia do noticiário político nacional. Isso significa que a Maçonaria não carrega consigo bandeiras de partidos ou compromissos com figuras políticas, independente de quem sejam e do nível em que estejam.

Esse apartidarismo tem conexão com os princípios maçônicos. A Ordem prevê: “a liberdade dos indivíduos e dos grupos humanos, sejam eles instituições, raças, nações; a igualdade de direitos e obrigações dos seres e grupos sem distinguir a religião, a raça ou nacionalidade; a fraternidade de todos os homens, já que somos todos filhos do mesmo Criador e, portanto, humanos e como consequência, a fraternidade entre todas as nações.”

Ao pregar a liberdade dos indivíduos e dos grupos humanos, a Ordem Maçônica também está tratando do campo político e ideológico. Nossa Instituição respeita todas as vertentes políticas, desde que estejam em sintonia com a filosofia maçônica e seu arcabouço moral. Toda e qualquer ideologia que se choque com a defesa da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade passa a ser vista como prejudicial. Com essas considerações, vincular a Maçonaria partidarismo de qualquer espécie é um erro.

Mas e os Maçons? Esses, enquanto indivíduos, naturalmente possuem seus valores, suas ideologias, suas crenças. A Ordem respeita todo e qualquer posicionamento individual de seus membros, mas proíbe a discussão religiosa ou partidária nas reuniões, por exemplo. Por isso, torna-se tão importante diferenciar a participação da Maçonaria e a do Maçom. É possível que você, caro leitor, encontre Maçons vinculados com partidos ou ideologias. Há ainda membros que exercem cargos públicos eletivos. Esses estão atuando enquanto indivíduos e não representam a Maçonaria ou falam em nome dela.

Avançando um pouco mais, destacamos que, ao assumir um cargo público, o Maçom precisa estar ciente de suas responsabilidades naturais e ainda as que assume com a Ordem Maçônica, sobretudo no aspecto da honestidade, da justiça e da defesa dos princípios universais maçônicos. Ao se desvirtuar, o indivíduo passa a estar distante da Ordem e pode, a depender do caso, ser desligado dos quadros da Instituição. A Maçonaria é muito séria com relação a isso.

Para finalizar, pontuamos que é muito comum também taxar como Maçons políticos que nunca fizeram parte de nossa Ordem. É preciso muito cuidado ao fazer qualquer afirmação nesse sentido. São poucos os membros ativos de nossa Instituição exercendo cargos públicos eletivos e muitos se mantém discretos em suas funções. Esperamos que, com essas observações, você possa ter compreendido melhor esse assunto, tão delicado e envolvido em distorções.

Frisamos que esse conteúdo é simplificado. Certamente muitas outras ponderações e contextualizações poderiam ser feitas, mas focamos em tratarmos dos principais pontos, de forma direta e clara.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil