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Maçonaria do Paraná participa da Solenidade de Homenagem ao Alferes Tiradentes; confira o discurso oficial

23/04/2025 07:12 por Maçonaria do Paraná
Maçonaria do Paraná participa da Solenidade de Homenagem ao Alferes Tiradentes; confira o discurso oficial

A Maçonaria do Paraná participou, no dia 16/04, da Solenidade de Homenagem ao Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

O Grande Oriente do Paraná, o Grande Oriente do Brasil – Paraná e a Grande Loja do Paraná estiveram representados, no Guatupê, em Curitiba, na cerimônia realizada pela Polícia Militar.

Esta é uma tradição importante em que a Ordem Maçônica honra a memória de Tiradentes, exaltando seus valores cívicos.

Na Capital do Paraná, as seguintes autoridades maçônicas estiveram presentes:

✅ Grande Oriente do Paraná:

Gil Alessandro Zwir – Grão-Mestre Adjunto;

Roberto Aurichio Junior – Presidente do ETJM;

Paulo Henrique Marques Carvalho – Grande Procurador;

Sérgio Eduardo Gouvea da Costa – 2º Grande Vigilante da SALM;

Ademilson José Miranda – Grão-Mestre de Honra;

Marcos Espedito Carvalho – Grande Secretário de Administração;

Paulo Cesar Cher – Grande Secretário de Registros e Arquivos;

Luis Fernando da Silva Dias – Grande Secretário de Comunicação;

Danilo Carlos Rammé – Grande Secretário Adjunto de Integração;

Tobias Tardeli – Delegado do Grão-Mestrado (2ª Delegacia de Curitiba);

Vinicius Carli – Delegado do Grão-Mestrado (Delegacia do Litoral);

Ivan. F. de Castro Froldi Marzollo – Ministro ETJM;

Jürgen Pfitzner – Diretor Administrativo;

Roberto Fonseca – Relações Institucionais;

Wilson Roberto Cortez – Administrativo GOP

Daniel Saez – Venerável Mestre – Loja Barão do Rio Branco;

Marcello José Vinholes Romeiro – Venerável Mestre – Loja Rui Barbosa II

Sérgio Adir Tambosi – Venerável Mestre – Loja Trajano Reis

✅ Grande Oriente do Brasil – Paraná:

Luís Rodrigo L. Karsten – Grão-Mestre de Honra

Gerald Koppe – Ministro do STJM

Haroldo Matozo – Chefe de Gabinete do Grão-Mestrado

✅ Grande Loja do Paraná:

Celso José Melo , Grande Segundo Vigilante

Rubens Vieira, Grande Secretário de Relações Interiores.

GOB: chefe de gabinete Haroldo Matoso, GRÃO Mestre de Honra Luis Rodrigo L. Karsten, Ministro do STJM Gerald Koppe,

Além da participação em Curitiba, a Maçonaria também participou simultanamente das solenidades da Polícia Militar em diversas cidades como Londrina, Pato Branco, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Toledo.

CONFIRA O DISCURSO OFICIAL PROFERIDO:


MAÇONARIA PARANAENSE

Cerimônia Cívica em Homenagem a Tiradentes
Discurso Oficial

Desde o ano de 2017, juntas, Polícia Militar do Estado do Paraná e Maçonaria Paranaense – aqui representada pelas suas três Potências Regulares e Legítimas: Grande Oriente do Paraná, Grande Loja do Paraná e Grande Oriente do Brasil/PR e seus respectivos Sereníssimos Grão-Mestres: Vladimír Pires Martins, Marco Antônio Corrêa de Sá e Paulo Roberto Socher, reúne-se, anualmente, em uma cerimônia cívica para reverenciar e homenagear a figura histórica do Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

Esse momento solene, que une instituições tão relevantes da sociedade paranaense e brasileira, não é apenas um ato de memória. É um gesto de afirmação. De reverência. De compromisso com os valores mais elevados da nossa história.

Tiradentes é mais que um personagem do passado. Ele é o símbolo do ideal que nos inspira: o ideal da liberdade, da justiça e da independência. É por isso mesmo, Patrono das Polícias do Brasil e Patrono Cívico da Nação Brasileira – títulos que não apenas reconhecem seu sacrifício, mas eternizam seu exemplo.

Ao recordar sua vida e sua luta, somos convidados a refletir sobre o país que ele sonhou, e o Brasil que hoje vivemos.

Tiradentes desejava um Brasil livre da opressão colonial, liberto da exploração, dono de seu próprio destino. Um país onde o povo tivesse voz, vez e dignidade. Sua atuação na Inconfidência Mineira, mesmo sem sucesso político imediato, ecoou pelos séculos como o grito de uma consciência nacional nascente.

Diante disso, é justo fazer uma pergunta honesta e corajosa: Somos, hoje, um país verdadeiramente independente?

É certo que proclamamos nossa Independência em 1822. Que nos tornamos uma República em 1889. Que consolidamos uma Constituição em 1988. Temos instituições democráticas, um povo plural, uma cultura rica e uma capacidade produtiva imensa.

Mas a independência real não se mede apenas por símbolos. Mede-se por soberania política, autonomia econômica, justiça social, igualdade de oportunidades e consciência de identidade.

E quando olhamos com atenção, percebemos que ainda há muito a ser feito.

Continuamos dependentes de tecnologias que não produzimos, de modelos econômicos que nem sempre nos beneficiam e de padrões culturais que importamos sem filtrar. Nossa economia ainda sofre com desigualdades regionais e boa parte da população vive privada dos direitos mais básicos: educação de qualidade, saúde eficiente, segurança plena e trabalho digno.

A pergunta, portanto, não se encerra em constatar a lacuna. Ela se renova em um desafio: É possível ser um país verdadeiramente independente?

Sim, é possível. Mas exige de todos nós um compromisso profundo com um projeto de nação. Exige que valorizemos a educação como instrumento de liberdade. Que invistamos em ciência e tecnologia como ferramentas de autonomia. Que cultivemos uma cultura crítica, criativa e enraizada em nossas tradições.

Exige também que combatamos, com firmeza, a corrupção, o desrespeito às instituições e o desprezo pelo bem comum.

E, acima de tudo, exige que cada cidadão assuma sua parcela de responsabilidade pela construção do Brasil que sonhamos.

Porque independência não é um ato isolado. É um processo. Uma travessia. Um caminho que se percorre todos os dias – com coragem, com ética e com esperança.

Tiradentes não viu o Brasil livre. Mas plantou a semente. E essa semente germinou. A liberdade que hoje desfrutamos – ainda que incompleta – é fruto do sacrifício de homens como ele.

Hoje, ao homenageá-lo, não devemos apenas exaltá-lo. Devemos imitá-lo. Reafirmar os ideais que ele abraçou. Defender os valores que ele encarnou.

Viver com a mesma integridade, o mesmo espírito público e o mesmo amor ao Brasil.

Senhoras e senhores,
Essa cerimônia, construída pela união entre a Polícia Militar do Paraná, a Maçonaria Paranaense e a sociedade, é um ato de memória – mas também de futuro.

É o testemunho de que os valores da liberdade, da cidadania, da honra e da justiça permanecem vivos entre nós. E que não nos conformamos com a aparência de independência, mas buscamos sua realização plena – com ações, com consciência e com fé no destino do nosso povo.

Que o exemplo de Tiradentes nos guie. Que sua memória nos inspire.

E que, um dia, possamos dizer, com orgulho e verdade: “Somos, enfim, um Brasil independente.”

Muito obrigado,

Vladimír Pires Martins
Grão-Mestre, Grande Oriente do Paraná

Marco Antônio Corrêa de Sá
Grão-Mestre, Grande Loja do Paraná

Paulo Roberto Socher
Grão-Mestre, Grande Oriente do Brasil – Paraná